A elaboração de um planejamento sucessório permite uma maior organização de todo o patrimônio, garantindo maior proteção aos bens, sendo comum, por exemplo, a segregação das empresas operacionais das patrimoniais, situando-se aquelas dentre as geradoras de riscos, como os trabalhistas, os tributários, os negociais ou os consumeristas, e estas entre as que servem para de certa forma gerir melhor e até mesmo proteger o patrimônio economizado ao longo do tempo.

Iniciar um planejamento sucessório implica também a análise dos regimes de bens entre os casados ou que vivem em união estável, como também entender as possíveis mudanças que melhorem a dinâmica de proteção em casos de insolvência ou de falência de um dos cônjuges.

Um planejamento sucessório deve contemplar e prestigiar a essência e características das pessoas que compõem cada núcleo familiar, observando-se o erro que muitos cometem, constituindo primeiro uma holding em vez de pensarem em quem se beneficiará do plano a ser implementado. Dizendo de um outro modo, o que interessa mais não é o patrimônio em si, mas as pessoas que dele usufruirão.

O simples fato de se pensar em criar uma sociedade por ações (S/A) ou uma sociedade de responsabilidade limitada como figura jurídica representativa de uma holding já evidencia que a escolha do tipo societário é um ponto de necessária reflexão num planejamento, mesmo porque implicará em modos diferentes de solução de problemas semelhantes. 

Assim, desde a constituição de uma holding, você entenderá como ela poderá impactar em seu planejamento sucessório, seja conferindo bens ao seu patrimônio como modo de integralização do capital social, seja pela transferência de quotas ou de ações de uma holding para seus herdeiros e sucessores.

Um planejamento sucessório necessariamente leva à análise do patrimônio pertencente a determinado núcleo familiar, estudando-se as formas de tratamento tributário dos bens quanto dos rendimentos por eles produzidos, seja quando alienados, quando pode ocorrer ganho de capital, seja produzindo rendas periódicas com alugueis e arrendamentos.

A transmissão de bens num planejamento sucessório é possível em inúmeras situações e por uma infinidade de modos, podendo se dar em vida ou após a morte, com ou sem encargos, na constituição de uma holding ou de uma empresa patrimonial.